Museu Nacional dos Coches

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Curiosidade do mês … de JUNHO

SABIA QUE …

 

O infante D. João, mais tarde rei D. João VI, foi o principal impulsionador da construção do Picadeiro Real de Belém.

 

O primitivo picadeiro foi demolido em 1786 para, em sua substituição, ser erigido o atual. Tratou-se de uma iniciativa do  futuro rei D. João VI, filho da rainha Dona Maria I e de D. Pedro III, grande amador de picaria e entusiasta pela Arte Equestre.

As obras de construção do Picadeiro Real tiveram início em 1787 e muito embora a estrutura do edifício ficasse pronta um ano depois, as decorações exteriores e interiores prolongaram-se até cerca de 1828.

Do projeto, em estilo neoclássico, atribuído ao arquiteto italiano Giacomo Azzolini, é de salientar o amplo salão com 50 m de comprimento por 17 m de largo, com dois pisos, apresentando, nos topos do andar superior, tribunas ligadas por duas estreitas galerias com colunata, destinadas a permitir à Família Real e à Corte assistirem aos jogos equestres.

 

Pelas suas características e beleza, este foi o local escolhido por Dona Amélia para a instalação do “Museu dos Coches Reaes”, inaugurado após a devidas adaptações, em 1905.

 

 

 

 

D. JOÃO VI – BREVE BIOGRAFIA 

Filho segundo de Dona Maria I e de D. Pedro III (Lisboa, 13.05.1767 – Lisboa, 10.03. 1826), casou-se em 1785 com Dona Carlota Joaquina, filha de Carlos IV de Espanha e de Maria Luísa de Parma. Do seu casamento nasceram Maria Teresa, Princesa da Beira, Francisco, Príncipe da Beira, Maria Isabel de Portugal, Pedro I do Brasil & IV de Portugal, Maria Francisca de Portugal, Isabel Maria de Portugal, Miguel I de Portugal, Maria da Assunção de Portugal e Ana de Portugal.

Tornou-se herdeiro do trono por morte de seu irmão D. José, em 1788, embora já conduzisse os negócios do reino desde 1792, altura em que se começou a manifestar a doença da sua mãe. Em 1799 assumiu a regência e em 1807, juntamente com a família régia, embarcou para o Brasil.

Após a morte de Dona Maria II, em 1816, o monarca cognominado por “o Clemente” esteve à frente do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. No ano de 1820 deu-se a revolução liberal, tendo o monarca regressado a Lisboa, em 1821, onde jurou a Constituição liberal. Em 1822, por iniciativa do seu filho D. Pedro foi proclamada a independência do Brasil.

Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1825, também denominado de Tratado Luso-Brasileiro e Tratado de Paz, Amizade e Aliança, que reconhecia a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Durante a era imperial, D. João VI de Portugal teve, por um curto período de tempo, o título honorífico de Imperador Titular do Brasil. O título de Imperador Titular do Brasil era vitalício, tornando-se extinto após a morte do titular. D. João VI manteve o título imperial por poucos meses, da ratificação do Tratado, em novembro de 1825, até sua morte, em março de 1826. Durante estes meses, no entanto, como o título imperial de D. João era puramente honorífico, D. Pedro I permaneceu como o único monarca do Império.

 

Após a morte de D. João VI, os destinos do reino foram confiados a um conselho de regência presidido pela sua filha, infanta D. Isabel Maria.