Em português (palavras projetadas no écran)
Destinatários: >12 anos.
Tal como em anteriores edições, o Museu Nacional dos Coches irá associar-se à Bienal BoCA (Biennial of Contemporary Arts), crida em 2015.
Desta vez, o museu irá receber nas instalações do antigo Picadeiro Real a estreia nacional da vídeo-instalação performativa “O TERCEIRO REICH“, da autoria do italiano Romeo Castellucci, um dos maiores nomes do teatro europeu, mestre na criação de imagens que se alojam na nossa memória para sempre.
O Terceiro Reich”, surge como a mais recente produção de R. Castellucci, onde todos os substantivos encontrados no dicionário italiano (aqui traduzidos para português) são projetados, em sequência, um a um; estes representam potencialmente todos os objetos da realidade que têm um nome.
(…)
“O Terceiro Reich” é a imagem de uma comunicação imposta e obrigatória, cuja violência é acompanhada pela sua reivindicação de igualdade. Aqui, uma máquina de linguagem esgota esferas inteiras da realidade, pois os substantivos são todos iguais, produzidos mecanicamente em massa, como edifícios pré-fabricados em um conhecimento que não deixa espaço para escapar. Todas as pausas são abolidas, ocupadas. A pausa, ou a ausência de palavras, torna-se um campo de batalha pelas palavras e a sua agressão militar; os substantivos do dicionário, projetados na tela, são bandeiras cravadas numa terra conquistada.
Nota importante: A instalação inclui música de alto volume e imagens de alta frequência que podem não ser recomendadas para pessoas que sofrem de epilepsia e pessoas fotossensíveis.
Criação: Romeo Castellucci
Som: Scott Gibbons
Coreografia: Gloria Dorliguzzo
Interpretação: Jessica D’Angelo
Criação de vídeo: Luca Mattei
Consultor IT: Alessandro Colla
Produção: Societas
Mais informações AQUI
Romeo Castellucci (1960, Cesena)
Encenador, artista plástico. Com Claudia Castellucci e Chiara Guidi, dirige a Socìetas Raffaello Sanzio, companhia que recebeu inúmeros prémios internacionais e editou vários livros, sendo considerada a companhia italiana com maior destaque a nível mundial. Desenvolveu o género “teatro de imagens” incorporando espectáculos com tecnologia e maquinaria, densas paisagens sonoras e fragmentação narrativa.
Em 2003 foi director da Bienal de Veneza, em 2008 foi artista associado do Festival d’Avignon onde estreou uma trilogia inspirada na Divina Comédia de Dante que circulou por todo o mundo (Inferno, Purgatorio e Paradiso), e programou vários espectáculos. Esta trilogia foi considerada pelo jornal Le Monde como “o melhor espectáculo e um dos eventos culturais mais influentes do mundo na década de 2000-2010”.
Para a Schaubühne de Berlin criou Hyperion e Édipo, e e criou várias peças para festivais como Festival d’Avignon, Festival d’Automne Paris, Art Basel, Kunsten Festival, Ruhr Triennale, etc. Em 2012 foi-lhe atribuído o Leão de Ouro da Bienal de Teatro de Veneza.