SABIA QUE…
Fazem parte das peças do acervo do museu várias representações de cenas mitológicas?
A 28 de setembro, começa oficialmente o Outono, que é personificado por Dioniso/Baco, filho de Zeus e de Sémele.
Enciumada com essa relação, a deusa Hera transforma Dioniso num louco a vagar pelo mundo. Ao passar pela Frígia, foi curado e instruído nos rituais religiosos pela deusa Cibele.
De acordo com a mitologia, atribui-se Dioniso-Baco a forma de extrair o sumo da uva e produzir o vinho. Dioniso ou Baco era o deus das festas, do vinho, da fecundidade, do lazer e do prazer, símbolo do desejo e da libertação de qualquer inibição.
Dioniso era festejado com procissões ruidosas que acabaram por dar origem aos ditirambos, odes musicais tocadas com tambores, liras, flautas com coros.
«Até aqui tratei o cultivo dos campos e os astros do céu. Agora, Baco, cantar-te-ei, e contigo as árvores silvestres e os frutos da oliveira que crescem vagarosamente. Vem até aqui, ó Leneu, meu pai!
Aqui está tudo cheio das tuas oferendas. Para ti, carregado das outonais parras, floresce o campo, espuma a vindima em talhas cheias. Vem até aqui, ó Leneu, meu pai! E, tirando os coturnos, tinge comigo as pernas nuas com o novo mosto».
Vergílio, Geórgicas, (Int. Tr. e notas: Gabriel A. F. Silva), Livros Cotovia. 2019.
Das representações dionisíacas constavam sátiros e bacantes, Sileno e Pã, simbolizando a fertilidade, a natureza e ao prazer.
No Coche das Infantas está representado Baco, acompanhado por Cibele e Ceres, bem como por sátiros. Faça uma visita ao Museu Nacional dos Coches para ver, ao vivo e a cores, mais reproduções de episódios mitológicos na coleção!
Texto: Dra. Filomena Barata (Museu Nacional do Traje)