Viatura de passeio de origem italiana, teve o seu apogeu no Séc. XVIII. Utilizado pela Família Real nas Quintas de Queluz, Mafra ou Lisboa era especialmente atrativo para os jovens príncipes e princesas. Veículo aberto com dois assentos, a caixa fecha no alçado dianteiro, por meio de um painel de couro liso que serve de portinhola. Tem assento para pagem na parte traseira. Era conduzido por boleeiro para segurança dos ocupantes. Do eixo da engrenagem de rotação fluem em sentido descendente dois arcos de madeira revestidos por uma placa metálica que serviam de amortecedores se uma roda se soltasse.

As carruagens têm origem em Inglaterra (Séc.XVIII). No início do século XIX, a influência francesa na construção de viaturas, para a casa real e nobreza portuguesa, é substituída pela técnica inglesa. Esse facto foi originado pela dificuldade do fornecimento das encomendas, motivada pela instabilidade vivida em França em resultado da Revolução de 1789. Na carruagem, a segurança da condução é facilitada pela elevação do banco do cocheiro e a introdução de lanternas para maior visibilidade e o conforto melhora com a nova suspensão da caixa por correias curtas e molas de aço em forma de C.

Este tipo de carro teve origem em França no princípio do século XIX. Viatura de passeio ou caça destinava-se a pequenas excursões ou a acompanhamento de caçadas para convidados que não montavam. Veículo longo de caixa aberta, tem quatro bancos cada um para três pessoas, com entradas laterais, o terceiro banco tem espaldar rebatível para permitir a passagem para o banco traseiro.

O nome desta viatura tem origem no Duque de Clarence que foi rei de Inglaterra com o nome de Guilherme IV, Séc. XIX. Este veículo tem a estrutura de uma berlinda em que se substituiu a parte da frente da caixa por vidraças rectangulares ou circulares tornando a sua aparência mais ligeira. A sobriedade da caixa contrasta com a exuberância da decoração interior com utilização de tecidos de luxo nos estores e nos bancos.

Viatura de aparato e viagem que surgiu em meados do século XV na Hungria, numa localidade chamada Kocs, que está na origem do seu nome. A sua utilização passou a ser a representação máxima do poder aristocrático. A caixa é suspensa, através de correntes ou correias de couro, de uma estrutura de montantes fixos aos eixos dos rodados. Nos meados do século XVII, são melhorados a segurança o conforto e a condução dos coches. Introduz-se a ligação do eixo do rodado à viga através de dois arcos de ferro em forma de pescoço de cisne, as molas de suspensão e o jogo dianteiro apresentam, sob o banco do cocheiro, a denominada quinta roda, mecanismo formado por duas peças circulares sobrepostas que facilita a capacidade de manobra do coche. Foi utilizada entre os séculos XV - XVIII.